Ser fadista é ser poeta
Ambos são o produto
Do poder do sentimento
O poeta dá os versos de coração
O fadista poi a alma no colento
Para que o fado possa ter uma expressão
Não importa a facivol em volta do artista
Tem que haver a emoção
Senão então, quem canta
Está tingido que é fadista
Ouve lá ó pá vêm ca vê lá se ficas muito ó que é
pra seres fadista, serás apromado
Pontapé na nota com batota desafinado até
Não pode ser nem é próprio do fado.
Um fadista e um artista é vertical
E não é um pantasista, o coisa tal
Tem a graça da chalassa bem metida
A cantar ao ar, ao mar, foi toda a vida
Mantém sempre com apruvo aquele rumo
que em tempos devida á vida foi com dão
Chora-se bem a desgraça e não passa
sem dar tudo o que tem sem vir á mão
Ouve lá ó pá vêm ca vê lá se ficas muito ó que é
pra seres fadista, serás apromado
Pontapé na nota com batota desafinado até
Não pode ser nem é próprio do fado. x2