Tempo De Varanda
Me conta o porque da gente ter alento
Na emoção da mãe deslumbrada com seu rebento
Ou nas fotografias, criadas por Jobin
Em suas melodias
Me conta o porque da gente se encontra
Com livros de Cervantes
Com a cor alegre de um olhar
Ou quando vemos dois amantes
Se amando tanto tanto
Como éramos nós antes
Será que o desejo de viver mais uma vez
Nossos segredos de quintais
Sonhos de fada e reis
Que se ancoraram em n'algum cais
De um tempo que é nunca mais
De um tempo de varanda e donzela
De um amor que ninguém sabia
Nem mesmo ela
Quando passava bela
Eu ficava tronxo e me derretia
Ela nem ligava
Eu ficava nu, morria de frio
E ai quando ela olhava eu pulava no rio
Queria ser pirata
E tomar de assalto o seu navio
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