Sente-se aqui e ouça a história
Do verbo que se fez máquina
Da máquina que se fez homem
De um atormentado isolamento
De repulsa
Voracidade
A perda da sensibilidade
A paixão me movia
Eu era invencível
Mas a vitória é uma mentira
Onde criminosos reis sanguinários dizem:
“sou deus!”
E os povos se ajoelham
A paixão ainda me move
E não temo derrota
Não precisei morrer
Aprendi muito com uma pequena ferida
Combato na grande batalha
A busca eterna
A guerra que dura uma vida
Já fui rei
Fui deposto e jogado ao povo
Mas quem conhece
Os caminhos do destino
Meu coração tem sede de conquista
Fui deposto e jogado ao povo
Mas amanhã serei rei de novo
Homens continuam morrendo
A troco de nada
Morrendo por causa de bebida
Morrendo pela espada
Uma porta se abre e vejo uma serpente
Com a cabeça e o coração
Semelhantes aos meus
Ela me diz uma verdade e uma mentira
Me aconselha a oferecer minhas forças
E me lembra que a voz do povo
Nunca foi a voz de deus.