Eu não sei o que há em mim
Tudo o que eu tenho
Está se acabando
Até o meu amor
Já não está mais me esperando
Vou buscar uma solução urgentemente
Vida mal cuidada
Realmente a gente sente
Que não vai pra frente
A primeira providencia
É eu tomar tenência e parar beber
Acertar conta com os homens
Pra limpar meu nome no spc
Deixar as más companhias
E da boemia me aposentar
Tanto vai o pote à bica
Que um dia ele fica e eu não quero ficar
Ah eu não sei, não sei não
Eu não sei o que há em mim
Tudo o que eu tenho está se acabando
Até o meu amor já não está mais me esperando
Vou buscar uma solução urgentemente
Vida mal cuidada
Realmente a gente sente
Que não vai pra frente
A segunda providência
É eu pedir clemência pro meu orixá
Há uns dez anos passados
Eu dei um agrado e nunca mais fui lá
Eu vou descolar uma grana
E na outra semana vou me segurar
Quem não pode com mandinga
Não leva e nem brinca de ter patuá
Ah eu não sei, não sei não
Eu não sei o que há em mim
Tudo o que eu tenho está se acabando
Até o meu amor já não está mais me esperando
Vou buscar uma solução urgentemente
Vida mal cuidada
Realmente a gente sente
Que não vai pra frente (diz aí)
A terceira providência
É, com máxima urgência, eu parar de compor
Deixar de ouvir as estrelas,
Deixar de entendê-las, falando de amor
Deixar de pegar no pinho
Chorando baixinho pensando em você
Mas pra que isso me ocorra
É preciso que eu morra e eu não quero morrer
Ah eu não sei, não sei não