Estação da Luz, depois da meia noite,
Uma tragédia em cada rosto refletida,
Passam vidas pelas ruas, passam almas,
Pela cidade adormecida.
Estação da Luz, depois da meia noite,
Em cada esquina uma sombra indefinida,
A chuva na calçada, o vento frio,
E os meus olhos encontram os teus, desconhecida.
Quem és ? De onde vens? Mulher estranha,
Onde foi que eu te vi? Onde me vistes?
Quem te ensinou meu nome? Quem te disse?
Que houve alegria no meu rosto, agora triste,
Mas de repente, eu me lembro que em meus braços,
Deu-me o seu beijo de primeiro amor,
Depois a vida caminhou, fracassos,
Por ter o tempo, o velho professor.
Estação da Luz, depois da meia noite,
Uma tragédia em cada rosto refletida,
Dois estranhos que se afastam, a chuva cai,
No silencio da cidade adormecida...