Já Vem No Sangue
Não tem um dia sem ''montá'' um pingo
Não tem domingo que eu não tome um trago
Não tem sorriso de prenda faceira
Que de primeira não ganhe um afago
Eu fui criado lá pelo galpão
Com o chimarrão sendo o primeiro gole
E as campereadas pelas invernadas
Alegram os olhos de quem ''tá no trole''
Já vem no sangue
A tradição de um guapo
Eu sou o rio Grande
Pinte o meu retrato
Quando eu preciso ''dá um tiro de laço''
Boleio o braço e a armada dá o pealo
e numa doma de ''corcoveá a alma''
Mantendo a calma que só tem os ''galo''
Quem faz a lida de campo brincando
Vai orgulhando o pago e a querência
Berro de touro e um bagual relincho
Não tem ''corincho'' que dobre esta essência.
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